quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Dias sem palavras

 Cronica deficiente angelo Inicío pedindo desculpas sinceras aos leitores e amigos por ficar tanto tempo ausente.

Quero que saibam que ainda não é o retorno, que somente poderá ocorrer daqui uns dias, pois estou tendo alguns probleminhas que logo logo serão resolvidos e descritos aqui. Bem como as alegrias também.

Sabe, quando assumi o desafio de escrever aqui no Crônica Deficiente, não imaginava o quanto seria grande e nem as amizades que faria... fora a responsabilidade para com os leitores.

Assim agradeço e peço a calorosa compreensão de vocês.

Até a próxima! (MESMO)

Angelo Márcio.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Um anjo para um dia

cronica deficiente roda gigante Quanto vale a vida? Qual o peso em ouro de um sorriso?
Questões de respostas difíceis ou impossíveis que surgiram após a visita a um hospital que cuida de crianças com câncer e, caros leitores e amigos, quero apenas descrever o que vi e senti em breves momentos.
Uma senhora cuidava de uma criancinha bem pequena e em sua força de mãe pensava em levar a criança para São Paulo, onde tem parentes, para lá deixar a criança em boas mãos e assim retornar para poder cuidar da saúde da mãe da criança adoentada.
Este desprendimento quase passou despercebido.
Em outro quarto, sobre uma cama, encontramos um anjo pequenino e tenho dificuldade em descrevê-lo; não sei como descrever mão tão pequena e frágil que com leveza chega ao alto com aceno e beijo de vida em meio a uma dor de doença de que, para muitos, é sinônimo de morte, mas me apego ao sorriso e beijo, clara representação de vida!
Seu sorriso de expontâneo também trazia a curiosidade infantil de, talvez, questionar-se por ter pessoas tão grandes a observá-lo; a ter uma aula de vida inteira em poucos minutos.
Tentem imaginar!
Atos tão pequenos de alguém também tão pequeno a enfrentar uma doença que é sempre transfigurada em monstro – o câncer.
Enquanto éramos apresentados ao pai desta criança, ele também sorria, e disse sorrindo em meio à dor que seu filho havia tido uma recaída e passado alguns dias na UTI. Então comparar este pai a um guerreiro fora inevitável, no entanto, ele nos cortou e com simplicidade amorosa disse que guerreiro era seu pequeno filho que estava sobre a cama e que ele – pai – era um simples soldado.
Neste momento posso dizer que nossos corações duros se quebraram diante de realidade tão admirável de vida.
Para esta visita ao hospital levei comigo minha mãe, um grande amigo e a doce moça. Abordei isso agora por que adiante virão fragmentos das percepções que foram ditas por nós durante este dia de vida.
“Tenho uma fotografia dele na minha mente.”
“Pode parecer exagero, mas hoje amadureci como pessoa.”
“Aquele menino me ensinou coisas pra vida inteira; coisas que não sei explicar. Passei o dia todo pensando nele.”
“Espero aprender mais a ser menor, entende? Senti-me tão pequeno hoje... “.
“Estou me achando tão mais tranquila com tudo.”
“Eu até dormi enquanto pensava em nossa manhã.”
“A gente estuda e pensa saber tudo, aí vem um sorriso e nos quebra.”
“É nessas coisinhas que Deus age e nos abençoa, nos fazendo pequenos. Naquela criança havia luz e luz só pode ser Divina.”
“Meus olhos brilhavam ao vê-lo. Eu estava com tanta vontade ir lá abraçar e conversar com ele.”
“Pode parecer exagero meu, mas este anjo pode ter aparecido, nos ensinado e nunca mais podemos voltar a vê-lo.”
“Me partiu o coração pensar nisso hoje.”
Meus caros, hoje vimos a fragilidade da vida e que vale a pena lutar por ela. A nossa e a de outros com outros “cânceres” criados, inventados, doentes da alma.
Encerramos com uma questão:
Como pode um garotinho que mandou um beijo fazer com que nós, horas depois, reflitamos tanto sobre a visão cativante de pequeno guerreiro?
Até a próxima!
Angelo Márcio e Renata Barbosa.
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