terça-feira, 18 de maio de 2010

Curiosidades

Cronica deficiente curiosidade Estranho! Não existe a palavra tetraplegia no respeitadíssimo dicionário Aurélio. O que trouxe ainda mais curiosidade sobre esta palavra que, por vezes, lembra número de títulos ganhos em esportes como tetracampeão, tetrarecordista (essa eu inventei), mas chegou a dar coceiras e fui no Houaiss e nada encontrei. Até que cheguei ao Michaelis e, depois de até nutrir dúvidas, encontrei a palavra tetraplegia com o seguinte significado: “sf (tetra+plego+ia) Med Paralisia de todos os quatro membros, quadriplegia”.

Após toda esta busca, significado tão conciso e pouco explicativo deixou-me um tanto quanto decepcionado, pois sim, há a paralisia, no entanto ela não precisa ser completa. Qualquer falta de movimentos nos quatro membros pode ser considerado tetraplegia, pois de alguma forma os sinais nervosos emitidos para aqueles membros, após passarem pela coluna vertebral, estão sendo bloqueados por alguma lesão.

Não sou médico. Bem que gostaria de ser. E por não ser é que previno para não utilizarem os conceitos aqui como verdades científicas. Será mais prudente manter a inevitável licença poética e curiosidade que hoje é implacável.

Bem. Encontrei o que buscava e não foi o suficiente.

Quando li a separação silábica desta forma: “tetra+plego+ia” que me parece latim, passei de buscar significados, até por saber na pele, ossos e um pouco a mais, a buscar a etimologia desta palavra de som agradável: te-tra-ple-gi-a.

O prefixo “tetra” foi bem fácil, pois faz relação direta com o número quatro e são quatro os membros afetados. Foi necessário dar um salto para o sufixo “ia” que é muito utilizado na composição de palavras relacionadas com a ciência, por exemplo.

Por que saltar o meio? Por que saltar o que no dicionário Michaelis fora descrito como “plego”?

Porque neste meio de substantivo que, por vezes, torna-se adjetivo. Sim! Uma qualidade em meio à observância de tantos defeitos, fiquei imobilizado, estático por não encontrar o significado, literalmente paralisado e sem opções momentâneas. O que não quer dizer que desistirei aqui. Apenas beberei de outras fontes para saciar esta sede de conhecimento, pois escrevia este texto, pesquisava ao mesmo tempo e um dia escreverei aqui, mesmo em nota curta, tudo o que descobrir.

Nestes 21 anos de lesão assumo que nunca tentei encontrar os significados literais de muitas palavras novas que começaram a me acompanhar desde o início desta nova vida, desde o dia do acidente, mas sempre, por formação, pesquiso quase tudo o que traga curiosidade e peço para que os jovens com quem trabalho em uma comunidade católica procurem fazer o mesmo com as questões que à eles pertençam. Não custa nada e há ainda aqueles que optam pela ignorância por acharem o conhecimento demasiado pesado.

Ao falar de adjetivos ou qualidades uma realidade muito vista veio à mente ao pensar que somos seres fisicamente perfeitos imperfeitamente instruídos a enaltecer primeiro os defeitos ou erros para depois, bem depois, darmos notas curtas quanto às qualidades ou acertos.

Um homem pode cometer mil erros e seu nome será eternizado quando cometer o primeiro acerto.

Outro homem pode cometer mil acertos e seu nome será eternizado quando cometer seu primeiro erro.

Salvo as exceções, será que realmente é assim ou estou exagerando?

Até a próxima!

Angelo Márcio.

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