quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sem palvras

Após seis longos meses sem publicar novos textos, celebro o dia de hoje como um retorno calmo e repleto de significados, pois em seis meses uma vida inteira pode ser contada e, nesses poucos dias, uma vida de diferentes atos, sensações, vitórias e derrotas fora vivida.
 
Em cada crônica deficiente, dentro de uma sensibilidade particular, transito em reais acontecimentos sob uma ótica de quem vive as dificuldades inerentes a tetraplegia e, evidentemente,  também as descobertas da nova vida disposta na alma, corpo e intelecto.
 
Tenho amado e assumido o quanto amo muito mais que antes; tenho superado barreiras pessoais e interpessoais; tenho realizado sonhos que julgava serem possíveis somente se andasse. Na verdade, tenho vivido intensamente meus dias que, às vezes, vejo-me diante do inusitado e difícil... Um sorriso surge e vou em busca de novos desafios.
 
Nos últimos dias, sinceramente, relutei em retornar com o Uma Crônica Deficiente e confesso que quase fechei o blog. Por que? Até hoje me questiono e não obtive respostas.
 
Dias intensos e também tensos.
 
Em dias assim a alternância de sentimentos e tudo mais que completa a vida toma proporções descontroladas. Por mais que tenha os pés no chão há a vivência do não saber como agir e volto a ser criança. Mas uma criança adulterada pelas certezas incoerentes da fase adulta.
 
Exemplo:
 
Crônica de um parágrafo
 
Noite de festa com parque, roda gigante com desenho de estrela formado por lâmpadas, sons misturados e característicos de festas interioranas levaram minhas lembranças para a infância e mantém meu corpo inerte na atualidade. Numa dualidade de percepções que fazem das lágrimas companheira constante no gozo, na dor e no torpor de um instante de sonho.
 
É bom estar  de volta!
 
Até a próxima,
Angelo Márcio.

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