terça-feira, 1 de março de 2011

Quem continuará meu legado?

cronica deficiente flor cacto Essa questão surgiu alguns anos atrás quando a possibilidade de sair de casa era bem maior e o número de pessoas fisicamente próximas também era maior. Era um tempo em que distâncias variadas eram superadas sem lamúrias para a simplicidade de reunir amigos em um almoço, por exemplo. Não havia tantos empecilhos como hoje e agora é possível perceber o que antes se anunciava... As coisas mudam.

O dia em que a questão sobre legado fora levantada eu estava só com meus pensamentos e, para alguém estar só é necessário que antes tenha estado em companhia agradável, ou do contrário, apenas fora cumprimentado. E este não era o caso. Eu havia passado a tarde inteira a conversar com a conversar com uma pessoa incrível que saía de sua casa, distante três quilômetros, para visitar-me e eu sempre retribuía com o auxílio de meus amigos.

Passaram-se anos e pensei ter esquecido a preocupação com a continuidade de algo que tenha iniciado. Talvez um pensamento despreocupado também, mas ultimamente, no alto de meus 37 anos e bastante afetado pela tetraplegia o instinto paternal inerente mostra-se sem pudor e traz consigo outra vontade além de andar novamente: A vontade de ser pai.

Mesmo sabendo que um tetraplégico pode ser pai, principalmente com auxílio da ciência moderna, o que seria de felicidade inimaginável, seria suficientemente completo ter apenas alguém a quem pudesse um dia chamar carinhosamente de filha ou filho.

Assim posso afirmar que a cada dia compreendo melhor que na simplicidade posso encontrar um mundo de perfeições invisíveis a muitos olhos cegos por opção.

Até a próxima!

Angelo Márcio.

1 comentários:

Anônimo disse...

deus que te ajude a comseguir o que você quer

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